sábado, 29 de outubro de 2011

É melhor rirem comigo do que de mim

Por Priscila Rozas

Desde que, de tão grande, eu era chamada de formiguinha pelos meus próprios familiares, sempre fui ensinada a não me importar com o que os outros dizem de mim.
Fui crescendo e, com 11 anos de idade, estava naquela fase horrível de pré-adolescente: braços e pernas maiores que o tronco sabe? Formiguinha já não me cabia mais, porém na 5ªsérie, os alunos endiabrados me colocaram alguns apelidinhos carinhosos, como, poste, escada de bombeiro, girafa, bambu, arranha-céu, entre outros, e quanto maior a criatividade, maior a gargalhada que soltávamos na 5ªE da Joaquim Moreira Bernardes.
Hoje, no 3ºano do Ensino Médio, o único apelido que ficou foi um dado pela minha irmã que, eu não mencionei, mas também é terrível. Giriema: uma mistura de girafa com seriema. Confesso que é engraçado, mas na minha família não adianta, quando é para tirar sarro da sua cara, infernizam até o fim, nunca se cansam.
Não tenho problemas psicológicos, não pretendo explodir um shopping, não quero atirar em ninguém na escola e, muito menos me matar. Sou normal, completamente feliz graças à educação, ao ensino que me foi passado desde criança pela minha família. Só imagino o quanto de risada eu teria economizado se o sensacionalismo fosse o mesmo no meu tempo.